DE BLUMENAU/SC: Fernado Mellis / Especial para o Panorama Brasil
A defesa de José Roberto Arruda aguardava a libertação do governador afastado do Distrito Federal (DF) por meio do julgamento do habeas corpus. Mas já sabia que isso poderia não acontecer.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em votação no plenário, na noite desta quinta-feira (4) pela permanência do governador na cadeia.
Arruda já estava ciente de que a decisão do STF poderia não lhe favorecer.
Afinal a defesa o alertou para renunciar ao cargo e tentar amenizar a situação. Ele discordou. Cargo este que também está em jogo.
Impeachment
A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou também hoje o impeachment de Arruda.
Dessa forma, ele terá a partir de agora 20 dias para apresentar defesa.
Quando a casa se reunir novamente, pelo menos dois terços dos deputados distritais vão ter que decidir e votar sobre a abertura do processo de impeachment.
Lembrando que a partir dessa fase, mesmo que renuncie Arruda poderá perder os direitos políticos, imunidade parlamentar.
A defesa de José Roberto Arruda deve a partir de hoje começar a ver como vai mudar o processo político dentro da Câmara Legislativa.
Até porque o governador, mesmo preso, manda recados e ameaças para deputados que vão participar do processo de impeachment.
Ameaças
Muitos pensavam que ele está calmo lá na Superintendência da Polícia Federal, mas tenta intimidar os deputados distritais dizendo que sabe de coisas sobre muitos deles.
Agora resta saber quais os próximos passos.
Existe a possibilidade de o governador afastado alegar motivos de saúde e então ser transferido para uma clínica particular. Algo que não soa muito bem, mas pode ser considerado.
Caso renuncie ao cargo, Arruda vai passar a responder ao processo criminal como civil e pode acabar no presídio da Papuda, atual residência de alguns corruptos presos no mesmo dia que ele.
De qualquer forma, preso ou solto, o governador ainda vai causar muitos problemas no Distrito Federal e com isso, ganham os petistas que aumentam as chances de eleger neste ano um governador no DF e perdem os democratas que abriram mão de qualquer participação na chapa do PSDB para presidência.
FONTE /AUTOR: Fernando Mellis é critico observante do momento político Brasileiro, com fontes fidedignas no Distrito Federal (DF), alem de ter obtido vasta experiência nas Rádios Globo e CBN – AM/Curitiba e escrever artigos e crônicas sobre atualidades.
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