quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

FUTEBOL: clássico RExPA é transferido e Mangueirão não está apito para jogos, segundo MP


DO PARÁ: Ocimar Nunes, com informações da secretaria estadual de esporte e lazer, epecial para o Panorama Brasil

O clássico mais tradicional do Estado do Pará (PA) entre Clube do Remo e Paysandú, intitulado RExPA, não será mais realizado neste domingo, 07, válido pela quarta rodada do primeiro turno do campeonato Paraense.

A partida estava marcada para o Estádio Jornalista Edgar Campos Proença, Mangueirão. “Vamos fazer isso em decorrência do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi assinado em 2008 e deve ser cumprido. Mas o estádio não oferece risco nenhum aos que comparecem ao local”, explicou o secretário Estadual de Esportes Jorge Panzera.

Profissionais do Ministério Público, orgão resposável pelo TAC, garantiram que o jogo entre as duas equipes será realizado no dia 7 de março.

O secretário Panzera disse que, apesar de muitos não concordarem com tal decisão, o governo Paraense deve respeitar e fazer cumprir o que pede o MP.

O Estádio Edgar Campos Proença - Mangueirão, está passando por algumas obras, como esta da foto de 2002, para melhor atender os torcedores e amantes do esporte.

Quase 80% das obras, previstas no Termo de Ajustamento, já estão concluídas, incluindo vestiários, lanchonetes, cabines de rádio e TV e até o gramado. “O que falta apenas são algumas pinturas e isso não iria prejudicar ninguém”, finalizou o secretário.

Jogos a partir do dia 28

Até o dia 28 de fevereiro as obras que estão sendo realizadas no Mangueirão serão concluídas.

O campeonato Paraense de Futebol, por meio da Federação, é patrocinado pelo governo Estadual.

IMAGEM: fussballtempel.net
Reforma final após 2002.

DESAPARECIDOS: CPI vai a Luziânia acompanhar investigação


DA REDAÇAO BRASILIA: Panorama Brasil, com Reportagem de Vania Alves, Agência Câmara de Notícias

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes vai realizar, nesta quarta-feira (3), uma audiência pública em Luziânia para discutir o sumiço, ocorrido a partir do final do ano passado, de seis adolescentes na cidade goiana.

Os parlamentares sairão de Brasília às 9h rumo à Câmara Municipal de Luziânia.

A CPI também aprovou requerimento para a convocação de autoridades policiais da cidade, para esclarecer como estão sendo realizadas as investigações.

Mobilização

Em audiência pública da CPI nesta terça-feira (2), a presidente da ONG Portal Kids, jornalista Waltéa Ribeiro (FOTO), declarou que é preciso criar uma política nacional integrada para resolver o problema das crianças desaparecidas.

Ela também sugeriu que a comissão programe uma agência de controle das atividades de investigação sobre o tema.

A ONG desenvolve ações de apoio a famílias em busca por crianças sumidas e capacita mulheres vítimas de violência.

Waltéa lembrou que normalmente os casos de desaparecimento estão associados a redes de pedofilia e a outros crimes.

Para a jornalista, no entanto, essa associação não tem a atenção devida nas delegacias brasileiras. “É comum as denúncias serem recebidas apenas como fugas”, disse.

A representante da Portal Kids salientou, ainda, que a lei que obriga portos e aeroportos a evitar a saída de crianças e adolescentes seqüestrados não vem sendo cumprida.

Policiais afastados

Waltéa Ribeiro relatou que muitos policiais que começam voluntariamente a investigar os casos de desaparecimentos acabam afastados ou transferidos.

Ao ser questionada pela relatora da CPI, deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), sobre o porquê disso, a jornalista disse, sem citar nomes, que se comenta nos bastidores a possibilidade de haver “pessoas importantes” envolvidas nas máfias de pedofilia e de tráfico de crianças.

Waltéa Ribeiro defendeu a integração entre delegacias, conselhos tutelares e Ministério Público para ganhar eficiência no combate ao desaparecimento de crianças e adolescentes.

A jornalista informou que já pediu ao presidente Lula que designasse a Polícia Federal para investigar esses casos, mas não obteve resposta.

EDIÇÃO: Marcelo Oliveira
FOTO: Laycer Tomaz

Agência Câmara