terça-feira, 8 de junho de 2010

AS PICADINHAS DO ÉBOLI: Está faltando ensaio em campo

DO RIO DE JANEIRO: Carlos Eduardo Éboli / Especial Para o Panorama Esporte TV Brasil.

Dunga disse que não pode mudar o time sempre que a equipe jogar mal. Ora!! Porque não?

A Copa do mundo é um torneio de tiro curto e se o treinador demorar muito para corrigir os erros, volta para casa mais cedo.

Ficou claro que último amistoso contra a fraca Tanzânia que o time ganha em movimentação com as presenças de Ramirez e Daniel Alves.

Está claro também que a seleção brasileira é um time com poucas jogadas pensadas. Tudo é muito na base do improviso.

Dunga deveria intensificar as jogadas ensaiadas ainda mais numa Copa em que, provavelmente, o Brasil irá encarar alguns ferrolhos defensivos.

Do lado de fora com as palavras o time de Dunga está muito bem ensaiado, mas em campo alguns jogadores ainda não falam a mesma língua.

FONTE / AUTOR: Carlos Eduardo Eboli é âncora do CBN Esportes aos domingos e comentarista esportivo. Participa diariamente dos programas CBN Rio e CBN Total. Eboli participou da cobertura de três Olimpíadas (Sidney, em 2000; Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008), duas Copas do Mundo (Japão/Coréia, em 2002, e Alemanha, em 2006) e dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003, e do Rio de Janeiro, em 2007. Eboli tambem estara no site Panorama de Noticias.

COPA DA ÁFRICA: vitórias em amistosos pouco importa, mas sim a movimentação dos jogadores da Seleção do Brasil

DE MANAUS: Paulo Rogério Veiga / Especial para o Panorama Esporte TV Brasil.

Foram dois amistosos e duas vitórias diante de seleções nacionais sem expressão no cenário mundial.
Uma diante do Zimbábue por 3 a 0 e na goleada de 5 a 1 contra a Tanzânia, onde a seleção brasileira termina os jogos preparatórios para sua estréia no dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte, em Johanesburgo, na Copa Mundial da FIFA, África do Sul’2010.

O primeiro não pode ter sido muito proveitoso, mas na partida contra a Tanzânia, mais do que o placar, foi o adversário que jogou como se fosse uma competição oficial e exigiu do time canarinho como um teste de fogo e que revelou certa fragilidade no setor defensivo do Brasil, tão elogiado pelos críticos.

Dunga já deixou bem claro que o time titular que deve entrar em campo contra os coreanos será o mesmo nos dois amistosos. Alguma mudança só deve acontecer se houver uma contusão grave, mas fora isso o time base que atuou nas eliminatórias, contando com o goleiro Júlio César, que não atuou contra os tanzanianos, é o titular absoluto. Treino agora somente entre os jogadores do elenco nos coletivos e trabalhos que Dunga realizará até a estréia do dia 15 próximo.

A grande dúvida fica em torno de como será a participação de Kaká no meio, pois o jogador está muito abaixo de sua condição física e mostra está fora de ritmo de jogo. Kaká é o único jogador do setor que é talentoso, os demais atletas da posição, inclusive no banco, não tem o mesmo potencial.

Mas acredito que valeu os jogos amistosos, pois se ficar somente no treino entre titulares e reservas causa uma monotonia e pode esconder os verdadeiros erros do Brasil, o que não acontece em uma partida contra uma seleção, pela exigência natural de atuar diante de um adversário diferente.

Agora é treinar e aguardar pela primeira partida contra a Coreia do Norte para saber se foi proveitoso nos amistosos para corrigir os erros e aprimorar as jogadas para conquistar o tão sonhado Hexa.

FOTO: Reprodução

FONTE / AUTOR: Paulo Rogério Veiga é Bacharel em Comunicação, Arbitro de futebol e há 27 anos recebe informações privilegiadas da Federação Internacional de Futebol (FIFA). O escrito é de sua extrema responsabilidade, isentando o Panorama Brasil. Paulo Rogério também estará no site Panorama de Noticias.

CRÔNICA DA BRU: Copa de TPM

DE VITÓRIA/ES: Brunella França / Especial para o Panorama Brasil.

Essa overdose de verde e amarelo me irrita. Assim como as descaradas tentativas de enaltecer a atual seleção brasileira – ou o time do Dunga. Se você espera um texto empolgadinho, com algum slogan do tipo rumo ao hexa, esqueça. E também não falarei mal da Jabulani, já que considero ridícula a culpa pela falta de eficiência ser da bola. Então, às análises.

Dizem que temos a melhor defesa do mundo. Que ótimo! Mas ter o melhor ataque soaria tão mais empolgante... Exaltam que a arma do time é o contra-ataque rápido. Traduzindo: não temos meio-campo de criação, só corredores. Mas como seria isso possível pedir criatividade com Dunga no comando e seus três cabeças de área?

E enquanto outras seleções marcam amistosos pré-Copa com times pelo menos conhecidos, o Brasil se digna a jogar contra Zimbábue e Tanzânia. Sabemos que os dois países ficam na África. E o que mais?

Talvez que nunca tenhamos ouvido qualquer referência sobre o futebol dessas duas nações. A justificativa dada foi que as partidas eram os últimos testes. Para. Uma seleção que já está na Copa e teve quatro anos para se preparar ainda precisa de testes? Teste é quando o treinador ainda tem dúvidas sobre convocação e esquema tático, coisa que o nosso parece nunca ter tido. Então testar só se for a paciência alheia.

Outra desculpa que apareceu foi dizer que um jogo contra a seleção brasileira teria o objetivo de ajudar a levantar o futebol local, carente de investimentos. É pra rir? Parece que só a Confederação Brasileira de Futebol não sabe que Zimbábue e Tanzânia carecem de investimentos em todas as áreas! São dois dos países mais pobres do continente. E um jogo de futebol não supre quaisquer das necessidades básicas dos cidadãos de ambos os lugares.

Mas, já que os jogos aconteceram, vamos ao fatos. Os placares são os que menos interessam. Não é mérito algum vencer um confronto que pode ser comparado assim: o campeão brasileiro contra o rebaixado da quarta divisão. E ainda com pedidos de pouparem Kaká e Luis Fabiano, vindos de contusão. O que fica então desses dois amistosos? Nenhuma novidade!

Sem Kaká, não há meia de criação. E na reserva temos quem? Júlio Baptista! Ele não joga na mesma posição do Kaká, não tem as mesmas características do Kaká, mas é tido como reserva do meia do Real Madrid. Respira fundo e continuemos.

Felipe Melo, banco de reservas na Juventus, não justifica sua camisa de titular. E Ramires, que apesar de originalmente segundo volante mas usado por Dunga mais como armador, amarga o banco mesmo sendo superior ao seu colega de seleção. Fica a impressão que esse time do Brasil não pode jogar para frente de jeito nenhum, que mais importante do que fazer gols é não tomar gol de jeito nenhum. Mas a bola rola.

Nas laterais temos o Maicon na direita. Segundo alguns comentaristas, um bom lateral, apesar de ter deficiência nos cruzamentos. Para de novo. Se ele é um bom lateral, não deveria saber cruzar bem a bola? Para o que serve então um lateral? Próximo. Do lado esquerdo, o Michel Bastos. Eu só queria esclarecer que ele joga de meia-direita no Lyon da França há dois anos. E em trinta dias querem transformá-lo em lateral esquerdo. Enfim, em frente!

Enquanto o filho do Robinho ganha gols de presente, Luis Fabiano nada. Contra duas defesas fracas, o Brasil fez oito gols. Nenhum de seu “fabuloso” artilheiro. E tive ainda de escutar que esses dois jogos serviram para aperfeiçoar jogadas ensaiadas. É... Se aquelas são as ensaiadas, as de improviso eu não quero nem ver!

Agora, uma questão que realmente me intriga é o que exatamente o Kléberson está fazendo lá? Sim, porque ele é o reserva do reserva do reserva. Quase como um terceiro goleiro, com chances de entrar só se todos os outros machucarem.

Não tenho medo de dizer que essa seleção não representa o país e menos ainda o futebol brasileiro. Mesmo assim, há os que se recordam e teimam em fazer comparações com a seleção do tetra. Já digo que a comparação é impossível. Porque mesmo que o time de 94 jogasse com nove atrás e dois na frente, tínhamos um baixinho arrasador e um craque da camisa sete ao lado dele.

Tenho consciência de que posso estar complemente equivocada. Sei também que times retranqueiros podem ganhar e vencem campeonatos. E tenho ciência de que o futebol reserva surpresas e quase nunca obedece à lógica. Mas não custa relembrar um ensinamento de João Saldanha: “seleção é lugar dos melhores”.

FONTE / AUTOR: A autora é escritora e, chegando a ganhar o Prêmio Direitos Humanos 2004 de Redação, jornalista, além de fazer Assessoria de Comunicação na cidade de Vitória, Espírito Santo (ES). Veja a publicação de seu primeiro romance no site: www.abcles.com.br. O escrito, e publicação desta Crônica, é de responsabilidade sua e dos editores do Panorama Brasil. Brunella tambem estara no site Panorama de Noticias.