quinta-feira, 16 de outubro de 2008

DESMATAMENTO: Empresas de São Paulo são responsáveis por destruição da Amazônia.


DA REDAÇÃO CENTRAL BRASÍLIA: Panorama Esporte TV Brasil.
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Pesquisa divulgada nesta semana em São Paulo mostra a responsabilidade na destruição da floresta amazônica de empresas que atuam no Sudeste do país.
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O estudo Conexões Sustentáveis São Paulo – Amazônia expôs casos de 13 organizações que se beneficiam direta ou indiretamente do desmatamento da maior floresta do planeta.
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A pesquisa foi feita por iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo e executada pelas organizações não-governamentais Repórter Brasil e Papel Social Comunicação.
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“A pesquisa comprovou que existe uma relação comercial não-sustentável entre empresas de São Paulo e empresas que compram produtos da Amazônia, que fazem o beneficiamento de matérias-primas vindas da Amazônia”, explicou Marques Casara, um dos coordenadores do estudo.
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A empresa Quatro Marcos, quarto maior frigorífico do país em número de abates e fornecedora de carne bovina para o varejo paulistano, é uma das citadas na pesquisa.
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De acordo com o estudo, a organização apresenta graves problemas ambientais e trabalhistas e comprou gado de empregador que figura na “lista suja” do trabalho escravo.
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Por meio da sua assessoria de imprensa, o frigorífico afirmou que a posição oficial da empresa já havia sido entregue aos pesquisadores.
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Outro caso apresentado no estudo é da Metalsider, empresa mineira, fornecedora de ferro-gusa para a indústria automobilística, que mantém relações comerciais com a A.S. Carvão e Logística, organização que aparece na atual lista de trabalho escravo.
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O diretor da empresa, Bruno Melo Lima, afirmou que a Metalsider tem atualmente centenas de fornecedores e que seria "inviável" manter um funcionário em cada um deles para analisar as condições de trabalho.
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Aos pesquisadores, a Metalsider afirmou que havia sido informada que a fornecedora firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público "e que, por isso, a manutenção do nome desta empresa em lista suja é um equívoco que está sendo solucionado pela mesma".
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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reconheceu a importância do estudo e afirmou que encaminhará os dados aos setores de fiscalização.
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FONTE: Agência Brasil.

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