terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CARLOS PRATA: não quer mais!!

DE MANAUS: Correspondente do Panorama.
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O técnico do Holanda/Rio Preto da Eva, Carlos Prata, entregou seu cargo nesta segunda-feira (4), ao Presidente do clube, Paulo Radim, alegando estar desgastado e decepcionado com a atitude de torcedores, que tentaram agredi-lo no vestiário da equipe, depois da partida contra o Libermorro, no último no domingo (3), no estádio Municipal Francisco Garcia, localizado no município do Rio Preto da Eva. Segundo Carlos Prata, a sua decisão já havia sido comunicada aos jogadores no treino realizado na última quinta-feira, dia 31 de janeiro. “Independente do resultado contra o Libermorro pelo Estadual, eu já havia decidido que sairia da equipe. Aqui há muita exigência para uma equipe que é debutante no futebol profissional. É cobrar muito nesse momento”, comentou Prata. De acordo com o treinador, tem que ter paciência e toda cobrança é natural, desde que seja de forma racional e ordeira. O que não pode acontecer é ofender com palavras de baixo calão a mim e aos jogadores, que estão se empenhando para realizar o melhor em campo. “Eu pergunto o que era o Rio Preto sem esses garotos? Por mais defeito que nós temos aqui, esse time conseguiu colocar o nome da cidade em destaque. O problema é que as pessoas querem exigir muita coisa do que nunca tiveram, ou seja, transformar o Holanda num super time”, disse ele.
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O CONVITE PARA TREINAR O HOLANDA
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Convidado para assumir o comando técnico do Holanda no Campeonato Amazonense da Série B ano passado, Carlos Prata, levou uma base do time de peladas chamado Compensão, que também foi à base, do São Raimundo no Estadual de 2007, no Brasileiro da Série C e na Copa do Brasil. “Praticamente esse time que ta jogando no Holanda, não teve uma folga grande, pois além das competições que o Tufão da Colina disputou, houve antes um desgaste dos jogadores quando participavam do campeonato de peladas. Como a base foi mantida, logicamente isso vem se acumulando ao longo do tempo, inclusive nesse momento aqui vivido pelo Holanda na competição”, concluiu Carlos. Na época, conforme Carlos, os jogadores aceitaram defender o Holanda, ganhando um salário na faixa de R$ 500,00. Apenas o lateral esquerdo Marcos Pezão e o zagueiro Thiago, recebiam R$ 1.000,000 e o próprio técnico Carlos Prata, que ganhava o equivalente a R$ 1.500,00. Carlos citou ainda, que os jogadores naquela oportunidade que atuaram no time colinense enfrentaram o problema de salário atrasado e mesmo assim não pediram para sair ou deixaram ser profissionais dentro de campo. “Quando se critica os jogadores, se faz sem conhecer esses detalhes que agora eles poderiam ter outra atitude, mas os atletas sabem que todo momento difícil tem que ser superado”, afirmou ele.
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FUTURO
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O pensamento agora é descansar o máximo possível e esquecer um pouco os problemas que causaram a sua saída do comando técnico do Holanda/Rio Preto da Eva. “Vou esfriar a cabeça e esperar o que vai acontecer daqui pra frente e cuidar da minha vida. O futuro somente a Deus pertence”, finalizou. Prata revelou também, que tão cedo não volta a trabalhar numa equipe de futebol do interior, por conta da mentalidade que tem as pessoas. “É muito difícil você trabalhar com muita pressão e além do mais as pessoas exigem o tempo todo resultado. Tem que ter calma, o Holanda só agora se tornou profissional e tudo vem com o tempo e não da noite para o dia”, completou ele. O treinador revelou que recebeu convites de equipes grandes do futebol local para dirigir as categorias básicas, inclusive ganhando um pouco mais do que ganhava no Holanda. “Eu vou pensar o que fazer e depois resolver, devido a minha idade não posso ficar muito tempo parado e tenho que trabalhar no futebol, o que já faz parte da minha vida”, justificou ele. (Paulorogérioveiga)

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